segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Resumo literário: Os axiomas de Zurique

No livro o autor desvenda segredos do mundo especulativo , expondo ao leitor uma série de princípios que, se seguidos com disciplina e determinação, podem levar-lo à fortuna, e se não seguidos rigorosamente, o fracasso é o caminho certo para quem especula em qualquer segmento, desde mercado de ações, imobiliário, de moedas, nas artes, commodities, entre outras.
Os Axiomas são uma compilação de técnicas de atuação, de quem obteve sucessos e fracassos, nos mercados especulativos, praticados por investidores, depois da 2ª Guerra Mundial, principalmente Suíços, detentores atuais de inúmeros bancos, empresas, etc.., em Wall Street e outros mercados especulativos.
Os Axiomas de Zurique se constituem em 12 princípios, isto é, regras, misteriosas e profundas para se assumir riscos no mercado especulativo, bem como 16 conselhos secundários, mas não menos importantes.
Os Axiomas (máxima; sentença; adágio) se referem aos seguintes enfoques:
1º) A pessoa interessada em fazer fortuna não deve temer o risco, a preocupação, pois esta não é doença, e nada acontece por acaso.
a) Porém, de qualquer forma, é necessário apostar somente no que vale a pena.
b) E, resistir à tentação das diversificações.
2º) A ganância é a grande inimiga da especulação, em razão de que, querendo lucrar mais, acaba-se protelando a realização de lucros, sobrevindo perdas. A regra, então, é realizar o lucro assim que atingir o que se determinou.
a) Para tanto, é necessário entrar no negócio sabendo quanto quer ganhar, para que , quando chegar lá possa realizar o lucro.
3º) Esta regra manda abandonar um negócio que está afundando, antes que naufrague, nada adianta quando a tendência é de fracasso, abandone antes que seja tarde demais.
a) com a finalidade de colocar em prática tal princípio, existe a necessidade de aceitar perdas, como fatos corriqueiros, pois nem sempre se ganha, hão de vir vitória, se houver disciplina na aplicação das regras.
4º) A sentença manda ficar longe das previsões, pois não há neste mundo alguém infalível quanto a elas, constantemente se noticiam previsões e, com frequência ainda maior, não se concretizam.
5º) Os padrões são enganadores, os padrões observados até ontem, podem mudar abruptamente, em razão disto, não confiar nos padrões mapeados, pois por trás das especulações estão pessoas humanas, e ação delas desconhecem padrões, aglutinam-se em tendências.
a) Existe uma crença entre as pessoas que a história se repete, porém nos negócios especulativos, é uma tese improvável.
b) O desdobramento que a isso segue, é o grafismo em que estão baseados muitas especulações, os números representados não podem suplantar a realidade que os fatos expõem.
c) A ordem é uma busca natural dos seres humanos, porém nem tudo é regido pela causa/efeito, no ramo especulativo não existem padrões a serem seguidos.
d) Cuidado especial deve ser tomado com a áurea positiva criada pelo jogador, e agir simplesmente pela emoção.
6º) O princípio em questão trabalha no sentido de evitar criar raízes em uma especulação, isto é, não se prender por muito tempo pelo valor afetivo do alvo especulativo, quer seja, uma ação, um imóvel, uma obra de arte, no momento propício, é importante realizar lucros.
a) Até numa operação em que se levou “cano” é necessário não se deter por teimosia ou querer recuperar naquela operação, perdas difíceis de se vislumbrar recuperação.
b) Numa jogada especulativa, o risco é iminente, portanto, se busca o que parecer mais atrativo para efetivamente realizar lucros, portanto se algo melhor aparecer neste sentido, a hesitação pode levar ao fracasso, porque o objeto principal da especulação são coisas e não pessoas, prenda-se somente a pessoas.
7º) Para haver ganho especulativo é necessário ter um mínimo de base explicativa na jogada a ser efetivada, a base nunca deve ser o palpite, a intuição deve ser bem seletiva.
a) Frequentemente temos certeza de o que queremos acontecerá, isto é natural, porém só podemos ter esperança, se houver uma explicação razoável da estratégia, para que aconteça.
8º) O ocultismo e a religião não são fundamentos para adentrar numa jogada especulativa para amealhar fortuna.
a) A visão do futuro através da astrologia não é real.
b) Essencial é não misturar o mundo dos sonhos com o mundo real no que diz respeito aos negócios especulativos.
9º) O otimismo exacerbado é um mau conselheiro, nas jogadas especulativas, necessário é confiança para saber o que fazer no momentos delicados, como lidar com o pior.
10º) Com a finalidade de auferir lucro nas jogadas especulativas, deve-se desconfiar do consenso, muito provavelmente redundará em fracasso, expôr sua futura jogada à dúvida é salutar, digo, essencial, para se ter alguma clareza no mundo especulativo.
a) A afirmação anterior, encontra teste quando a bolsa de valores está em alta, altíssima, será que é hora de comprar? Se quem está ganhando dinheiro está vendendo.
) Se o negócio não deu certo da primeira vez, porque jogar fichas no mesmo.
a) Para que jogar mais dinheiro num negócio que está afundando para minimizar as perdas. Perdas devem ser encaradas de forma realista.
b) As especulações a longo prazo são imprevisíveis, uma vez que mudanças ocorrem rotineiramente.
12º) O planejamento a longo prazo geram perigosa crença de que tudo está sob controle, quando não há certeza de nada nesta vida. Atentar às mudanças é o princípio.
Por fim, os Axiomas de Zurique devem ser utilizados de maneira conjunta para que gerem resultados.

Por: Alexandre Coutinho

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