quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Realmente tenha visão de longo prazo.

Nenhuma data melhor que o fim de ano para poder postar um tema estava engasgado a um tempo: Bolsa de Valores.
Vamos recordar um pouco como estava o cenário no fim de 2008, começo de 2009:

Data:24/10/2008
“A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) tem forte queda nesta sexta-feira (24), em meio ao clima negativo que domina o mercado financeiro mundial. Por volta das 13h15, o índice Ibovespa - referência para o mercado nacional - mostrava queda de 7,53%, aos 31.270 pontos.”

Data:14/12/2009
“O otimismo com o pagamento da dívida do Citigroup com o governo dos EUA e o socorro ao fundo Dubai World foi amortecido na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) pelo efeito da queda do petróleo e da volta das preocupações com a Grécia. O Ibovespa, principal índice do mercado, fechou com leve valorização de 0,12%, aos 69.349 pontos. O giro financeiro da sessão somou R$ 5,34 bilhões e foi o mais baixo em duas semanas.”


E para falar sobre este tipo de análise ninguém melhor que Warren Buffett, Buffett é discípulo de Benjamin Graham, de quem aprendeu e aprimorou a técnica de investimento em valor, cujo princípio básico é: aproveitar oportunidades em que ações de boas empresas se mostrem a preços baixos, mas com grande potencial de valorização e resultados futuros. Ou seja: comprar bem agora para vender muito melhor lá na frente.
Buffett escapou de um grande tombo com o estouro da bolha das empresas de internet no fim do ano 2000. Sua análise tipicamente fundamentalista, feita a seus modos (ele nunca deu muita atenção aos analistas), levou-o a acreditar que as empresas não conseguiriam se manter lucrativas no longo prazo.
“No curto prazo, o mercado funciona como uma banca de apostas. No longo prazo, tende a ser ponderado” (Warren Buffett)
Seu senso de oportunidade esteve presente também em outros momentos. Durante a crise financeira do fim dos anos 80, Buffett comprou o Banco Wells Fargo pela metade de seu valor de mercado, procedimento considerado, até hoje, um de seus maiores investimentos.
Ao contrário do que possa transparecer por se tratar do maior investidor do planeta, Buffett é totalmente avesso ao risco. Isso explica sua análise de investimentos sempre focada no longo prazo. Seus resultados comprovam que em prazos estendidos os riscos ficam menores e que a probabilidade de sucesso é muito maior, desde que as empresas tenham bons fundamentos e sejam bem geridas.
“Seja audacioso quando os outros estão com medo e tenha medo quando os outros estão audaciosos” (Warren Buffett)
Mesmo diante de cenários tão confusos, clichês não podem ser esquecidos: o mundo não vai parar! Justamente por isso, é preciso tomar fôlego e continuar aproveitando boas oportunidades. A frase que você tanto ouviu aqui, “fique do lado dos vencedores”, pode ser adaptada para uma pergunta: “o que os vencedores estão fazendo nesse momento?”
Tudo bem, você quer saber o que Buffett fez na crise...
Até agora, ele injetou 5 bilhões de dólares para a compra de ações da Goldman Sachs (pagando pelos papéis cerca da metade do valor que eles tinham há um ano) e investiu ainda outros 5 bilhões de dólares na compra da empresa de energia Constellation (pagando pelo negócio cerca de um quarto de seu valor ao final de 2007).
Financiou, com 6,5 bilhões de dólares, a empresa Mars para aquisição de parte de sua concorrente no ramo de doces, a Wrigley. Quer mais? Ontem surgiu importante notícia que diz que Buffett comprará US$ 3 bilhões em ações preferenciais da General Eletric, a famosa GE.
Se você acredita que boas oportunidades surgem apenas para quem é bilionário, deve considerar o exemplo de Buffett uma quimera. Pode até ser. Para momentos de descrença, vale a história: ele ganhou os primeiros centavos de sua vida vendendo caixas de chiclete, tirando de cada embalagem um lucro de 2 centavos. Lá eram centavos, agora são bilhões.Nos resta pensar e crescer.

Por: Alexandre Coutinho

0 comentários:

Postar um comentário